Quanto ganha um síndico? Tudo sobre o salário de síndico
Quando se fala em administrar um condomínio, é comum surgirem diversas dúvidas entre os condôminos. Entre os questionamentos mais recorrentes está o salário do síndico.
Afinal, qual é o valor justo a ser pago por essa função tão relevante e desafiadora?
O síndico é o profissional responsável por gerir e tomar decisões que envolvem o bem-estar e a segurança de todos os moradores.
Suas atribuições vão desde a administração financeira até a manutenção das áreas comuns, passando pela resolução de conflitos e pela contratação de serviços essenciais.
Neste conteúdo do blog uCondo, vamos trazer informações claras e esclarecedoras sobre o salário do síndico de condomínio.
Índice:
- Qual a função de um síndico?
- Como é feito o pagamento do síndico?
- Quanto ganha um síndico morador?
- Quanto ganha um síndico profissional?
- O salário de síndico na Legislação
- O que é necessário para ser síndico?
Qual a função de um síndico de condomínio?
A função de um síndico de condomínio é de extrema importância para garantir o bom funcionamento, a organização e a segurança do condomínio.
O síndico é o representante legal do condomínio e tem como principal responsabilidade administrar e zelar pelos interesses coletivos dos moradores.
Entre as funções do síndico, destacam-se:
- Administração financeira: O síndico é responsável por gerir as finanças do condomínio, elaborando o orçamento, controlando as receitas e despesas, e garantindo o pagamento de contas e fornecedores.
- Gestão de pessoal: Caso o condomínio conte com funcionários, cabe ao síndico fazer a contratação, demissão e supervisão dos colaboradores, como porteiros, zeladores e funcionários de limpeza.
- Manutenção e conservação: O síndico deve cuidar da manutenção e conservação das áreas comuns do condomínio, garantindo que elas estejam em boas condições de uso, incluindo elevadores, sistemas elétricos, hidráulicos e estruturais.
- Fiscalização e segurança: É responsabilidade do síndico garantir a segurança do condomínio, implementando medidas preventivas, supervisionando o controle de acesso, contratando serviços de vigilância, entre outros.
- Relacionamento com os moradores: O síndico atua como intermediário entre os moradores, promovendo a comunicação eficiente, resolvendo conflitos e atendendo às demandas e solicitações dos condôminos.
- Cumprimento das normas e regulamentos: O síndico deve assegurar que as normas internas do condomínio sejam cumpridas, incluindo o regimento interno e a convenção condominial, visando a harmonia e o bem-estar de todos.
- Representação jurídica: Em casos de litígios ou questões legais relacionadas ao condomínio, o síndico representa o condomínio e busca soluções jurídicas adequadas.
É importante destacar que as atribuições do síndico podem variar de acordo com o tamanho do condomínio, sua estrutura e complexidade.
No entanto, independentemente do porte, o síndico desempenha um papel fundamental na administração condominial, visando o bem-estar e a qualidade de vida dos moradores.
Como é feito o pagamento do síndico?
O pagamento do síndico pode ocorrer de diferentes formas, e as modalidades de remuneração podem variar de acordo com as decisões tomadas em assembleia pelos condôminos.
As principais modalidades de pagamento do síndico são:
- Remuneração Fixa Mensal: Nessa modalidade, o síndico recebe um valor fixo mensal como salário pelo trabalho desempenhado. O valor é definido previamente em assembleia, levando em consideração fatores como o tamanho do condomínio, a complexidade da gestão e as responsabilidades atribuídas ao síndico.
- Isenção ou Desconto na Taxa Condominial: Em alguns casos, em vez de receber um salário, o síndico pode ter isenção total ou parcial da taxa condominial. Nessa modalidade, o valor correspondente à taxa de condomínio que o síndico deveria pagar é abatido como forma de compensação pelo trabalho exercido.
- Remuneração Variável: Em certos condomínios, o síndico pode receber uma remuneração variável, que é calculada com base em critérios específicos. Por exemplo, o síndico pode receber um percentual sobre a economia gerada nas despesas do condomínio, incentivando a busca por fornecedores mais vantajosos e a gestão eficiente dos recursos financeiros.
É importante ressaltar que não há uma legislação específica que defina um valor mínimo ou máximo para o salário do síndico.
Cada condomínio tem autonomia para estabelecer as condições de remuneração do síndico por meio da convenção condominial e das deliberações em assembleia.
A transparência e a participação ativa dos condôminos na definição do salário do síndico são fundamentais para evitar conflitos e garantir uma remuneração justa e condizente com as responsabilidades e demandas da função.
Como calcular o salário de um síndico?
O cálculo do salário de um síndico pode variar de condomínio para condomínio, pois depende de diversos fatores importantes.
É preciso considerar o tamanho do empreendimento, as responsabilidades atribuídas ao síndico e a disponibilidade de recursos financeiros do condomínio.
No entanto, o seguinte cálculo pode ser utilizado como referência:
- Avalie a carga horária: Determine a carga horária semanal que o síndico deve dedicar ao condomínio. Leve em consideração as atividades relacionadas à administração, fiscalização, reuniões e demandas dos condôminos.
- Defina o salário base: Estabeleça um valor horário ou mensal que seja justo e compatível com o mercado para a função de síndico, considerando a região e o tamanho do condomínio. Pesquisar os valores praticados em empreendimentos similares pode ajudar nessa definição.
- Calcule o valor mensal: Multiplique a carga horária semanal pelo valor horário ou mensal definido no passo anterior. Por exemplo, se o síndico dedica 20 horas por semana e o valor estipulado é de R$ 40 por hora, o salário mensal seria de R$ 3.200 (20 horas/semana x R$ 40/hora x 4 semanas).
- Leve em consideração benefícios ou compensações: Avalie se o síndico receberá benefícios adicionais, como isenção ou desconto na taxa condominial, ajuda de custo para despesas de transporte, celular, entre outros. Esses benefícios podem ser acordados em assembleia.
É fundamental ressaltar que o cálculo do salário do síndico deve ser estabelecido de forma transparente e em conformidade com a convenção condominial, respeitando as decisões tomadas em assembleia.
A participação ativa dos condôminos na definição do salário do síndico é importante para garantir uma remuneração justa e alinhada às demandas e responsabilidades da função.
Leia também: Saiba tudo sobre a função de síndico
Quanto ganha um síndico morador?
A maioria dos síndicos moradores exerce a função de forma voluntária, ou seja, sem receber um salário fixo.
Na situação mais comum, o síndico morador não recebe uma remuneração financeira pelo trabalho desempenhado.
Em vez disso, ele pode ter benefícios como isenção total ou parcial da taxa condominial como forma de compensação pelas horas dedicadas à gestão do condomínio.
Essa modalidade de compensação é adotada em muitos condomínios, pois permite reduzir as despesas individuais do síndico, incentivando-o a assumir o cargo e se dedicar às responsabilidades inerentes à função.
No entanto, é importante ressaltar que cada condomínio tem autonomia para decidir sobre a remuneração do síndico morador, e em algumas situações, pode haver um acordo para oferecer uma remuneração fixa e mensal.
Nas situações onde o condomínio realiza o pagamento, o salário do síndico morador pode chegar a cerca de dois salários mínimos.
Quanto ganha um síndico profissional?
O salário do síndico profissional não possui um valor mínimo estabelecido, o que significa que os valores podem variar consideravelmente.
Diversos fatores influenciam nessa remuneração, como a carga horária, o número de unidades do condomínio e outras características específicas.
Em média, os salários costumam variar entre R$1,5 mil a R$4 mil mensais, podendo, em casos excepcionais, chegar a R$15 mil por mês.
Segundo dados do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), um síndico profissional ganha uma média de R$ 7 mil reais em um condomínio de 60 unidades em São Paulo.
Leia também: Tudo sobre a função do subsíndico
O salário de Síndico na Legislação
A verdade é que a legislação brasileira não exige o pagamento do salário de síndico, muito menos define um piso salarial para o cargo.
Sendo assim, é responsabilidade da convenção definir se o condomínio vai disponibilizar algum tipo de remuneração pelo serviço.
Para isso, será necessário a aprovação dos condôminos através de uma assembleia geral.
Tributação e obrigações do condomínio
Embora a Lei 10.666/03 considere o síndico como um contribuinte individual, o síndico é segurando obrigatório da previdência social.
Sendo assim, existem algumas obrigações que o condomínio precisará realizar em relação ao salário de síndico:
- Desconto de 11% da remuneração total, a título de INSS;
- Contribuir para a Previdência em relação à remuneração do síndico, sendo seu percentual de 20%uando o síndico comprova que, como empregado de outra empresa, contribui com a cota máxima do INSS, tanto o condomínio quanto o síndico ficam isentos do pagamento.
Seja qual for a forma de remuneração, caso a receita ultrapasse os R$6.000 anuais, o síndico deve declarar na DIRF sua remuneração como “outras receitas”, pelo fato da remuneração ter origem em um serviço prestado.
O que é necessário para ser um síndico?
Para se tornar um síndico, é necessário estar preparado para assumir diversas responsabilidades e desempenhar uma função de liderança dentro do condomínio.
Embora não exista uma formação específica exigida, algumas habilidades e conhecimentos são importantes para desempenhar essa função com eficiência.
A seguir, estão alguns aspectos necessários para ser um síndico:
- Conhecimento das leis e regulamentos: É fundamental ter familiaridade com as leis e regulamentos relacionados à administração de condomínios, como o Código Civil, a convenção condominial, o regimento interno e a legislação trabalhista. Compreender essas normas ajuda a tomar decisões adequadas e a evitar problemas legais.
- Habilidades de gestão: Um bom síndico precisa ter habilidades de gestão, como organização, planejamento, controle financeiro e administração de recursos. É necessário acompanhar as contas do condomínio, lidar com orçamentos, lidar com fornecedores e gerir os recursos de forma eficiente.
- Capacidade de comunicação: O síndico deve ser um bom comunicador, capaz de se expressar de forma clara e objetiva, tanto verbalmente quanto por escrito. É essencial ter habilidades de negociação para lidar com condôminos, prestadores de serviço e outros envolvidos na gestão do condomínio.
- Resiliência e habilidades de resolução de conflitos: Conflitos entre condôminos podem surgir, e o síndico precisa ter a capacidade de lidar com essas situações de forma imparcial, buscando soluções pacíficas e equilibradas. Resiliência e paciência são importantes para lidar com situações adversas e encontrar resoluções adequadas.
- Disponibilidade de tempo: Ser síndico requer disponibilidade de tempo para se dedicar às demandas do condomínio. É importante estar preparado para investir tempo na administração, participar de assembleias, realizar inspeções e acompanhar as atividades do condomínio.
- Postura ética e responsabilidade: O síndico deve agir com ética, transparência e responsabilidade, tomando decisões em benefício do coletivo e agindo de acordo com os interesses dos condôminos.
Lembrando que cada condomínio pode ter requisitos adicionais ou características específicas para o cargo de síndico.
É importante consultar a convenção condominial e estar ciente das particularidades do condomínio em questão.
Leia também: O que faz um síndico?
O que é preciso para se tornar síndico profissional?
De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), os cursos de Administração e Direito são os mais comuns dentre os síndicos profissionais.
Além disso, é comum que os síndicos profissionais também optem pela realização de cursos específicos para exercer a função.
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