A live no condomínio do Alok e as dicas para fazer no seu condomínio
A live do DJ Alok, chamada de "Alok em Casa” aconteceu em maio de 2020 e contou com milhões de visualizações no YouTube. A transmissão gerou grande repercussão entre os moradores e, depois, nas redes sociais e veículos de comunicação.
Essa moda, que surgiu durante a pandemia, permitia que pessoas aproveitassem a música ao vivo de seus artistas favoritos de casa, em um momento que todos estavam isolados.
Ela foi um projeto multiplataforma e passou simultaneamente no Multishow, Globoplay e também nas redes sociais.
A transmissão ao vivo fez parte do movimento #fiqueemcasa e incentivou doações a instituições que estão arrecadando fundos para pessoas impactadas pela pandemia.
Índice:
- Os bastidores da "Live do Alok"
- Os moradores que foram contra a live
- Curiosidades sobre a "Live do Alok"
- Lives viram tendência nos condomínios
- As regras para as lives e eventos
A live no "condomínio do Alok"
A live no condomínio do DJ Alok, ocorreu em maio de 2020 no condomínio localizado no bairro Cidade Monções, na zona sul de São Paulo. E essa não foi apenas uma transmissão ao vivo ocorrida "do nada". Ela foi planejada e contou com a participação de vários apoiadores.
Além disso, a live também envolveu negociação com os moradores e com a administração do condomínio.
O síndico e administrador responsável pelo condomínio, Marcio Rachkorsky, contou que a equipe do DJ entrou em contato com ele, pedindo a autorização do condomínio.
O síndico assinou a autorização da live no condomínio e divulgou essa informação no grupo dos moradores.
A maioria dos moradores não só apoiou, como pediu para que a equipe do Alok não fizesse apenas um show intimista e sim divulgasse o som da live para os moradores do condomínio.
Os moradores que foram contra a live
O síndico contou que recebeu a ligação de um morador reclamando, poucas horas antes da live.
A reclamação do morador foi por conta do barulho, já que ele tinha filho pequeno e o síndico não fez assembleia para consultar os moradores do condomínio formalmente.
O morador ainda disse que iria envolver a polícia no caso porque o síndico estaria descumprindo a lei.
Além isso, a live do Alok seria depois das 22h30 e iria contra a Lei do Silêncio.
Mesmo com a tensão de poucos moradores do condomínio, o síndico e os advogados do artista resolveram a situação junto aos moradores.
No final, a live no condomínio Alok foi um sucesso. Muitos vizinhos puderam curtir uma noite diferente com o movimento #fiqueemcasa e curtiram a live do Alok das sacadas de seus apartamentos.
As curiosidades da "live do Alok"
Algumas curiosidades sobre a live do Alok chamaram atenção:
- O condomínio teve que providenciar um gerador de energia para dar conta do consumo extra;
- O tamanho do show de luzes no condomínio Alok virou até meme nas redes sociais;
- O condomínio reforçou a segurança no local para evitar aglomerações, inclusive nas ruas próximas;
- Várias pessoas estacionaram seus carros nos quarteirões próximos ao condomínio Alok para acompanhar a live;
Assista um dos vídeos gravados no exterior do condomínio do Alok:
Lives e transmissão se tornaram tendência nos condomínios
Durante a pandemia, todos estavam vivendo momento de isolamento social e o movimento #fiqueemcasa mudou a vida de todo o mundo.
Muitos condomínios buscaram alternativas para divertir os moradores e melhorar a convivência no condomínio.
Até hoje, a realização de lives e shows em condomínios ainda não é tema previsto na legislação condominial. Por este motivo, é muito importante entender a Lei do Silêncio e a Lei de Perturbação do Sossego.
Quais as regras para realizar lives em condomínio?
Realizar lives e eventos em condomínios envolve seguir regras que garantam a harmonia entre os condôminos e o cumprimento da legislação e convenção condominial. Abaixo estão algumas diretrizes gerais:
1. Consulta à Convenção e Regimento Interno: Verifique se a convenção do condomínio ou o regimento interno possuem cláusulas específicas sobre a realização de eventos, como restrições de horário, limite de ruídos e ocupação de espaços comuns. Certifique-se de que a atividade não infringe as normas já estabelecidas.
2. Autorização Prévia: Solicite autorização formal ao síndico ou ao conselho para realizar a live ou o evento. Informe o objetivo do evento, a data, o horário, o número de pessoas previstas e o espaço a ser utilizado.
3. Respeito aos Horários: Siga os horários permitidos para eventos, geralmente definidos no regimento interno. A maioria dos condomínios restringe eventos a horários diurnos ou até certo horário da noite.
4. Uso de Espaços Comuns: Caso o evento utilize espaços comuns (salão de festas, áreas de lazer), é necessário reservá-los com antecedência. Verifique se há taxas de uso ou regras para limpeza e manutenção pós-evento.
5. Controle de Ruído: Respeite os limites de ruído estabelecidos pela legislação local (Lei do Silêncio) e pelo regimento interno. Eventos barulhentos fora do horário permitido podem gerar reclamações e até multas.
6. Segurança: Informe a portaria sobre a realização do evento e a lista de convidados, se necessário. Garanta que o fluxo de pessoas não comprometa a segurança do condomínio.
7. Comunicação aos Moradores: Comunique os condôminos sobre o evento com antecedência para evitar surpresas ou desconfortos. A comunicação pode ser feita por meio de avisos nos murais, aplicativos de gestão condominial ou e-mails.
8. Responsabilidade pelo Evento: Quem organiza o evento deve se responsabilizar por quaisquer danos causados às áreas comuns ou privadas. Certifique-se de realizar a limpeza do espaço e devolvê-lo nas mesmas condições em que foi recebido.
Assista o vídeo abaixo e saiba mais sobre o assunto:
Conclusão
O momento é de solidariedade e o papel do síndico é cumprir as leis e ter bom senso para promover o bem-estar dos moradores.
Mesmo com o fim da pandemia, as lives continuam muito populares, e podem ser formas de encontrar entretenimento sem sair de casa.
Além de trazer grande engajamento para as redes sociais, a live realizada pelo DJ Alok também movimentou doações para pessoas afetadas pela pandemia.
Leia mais: Como organizar a reserva de espaços comuns?
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