Tempo estimado de leitura:

Síndico profissional: o que faz? vale a pena contratar?

Nos últimos anos, o número de condomínios tem crescido de forma exponencial, o que também impulsionou a procura por síndicos profissionais para atender a essa demanda.

Com esse cenário, surge a necessidade de uma gestão cada vez mais especializada e eficiente, uma vez que a complexidade na administração condominial aumentou significativamente.

A profissionalização da sindicatura não é apenas uma tendência, mas uma resposta às exigências de uma gestão que lida diariamente com finanças, legislações, manutenção, conflitos entre moradores e a valorização patrimonial.

A função de síndico profissional reúne uma série de responsabilidades que vão além das tarefas administrativas básicas.

Neste novo conteúdo do blog uCondo, vamos esclarecer todas as suas dúvidas sobre os síndicos profissionais e sobre a sua atuação na gestão de condomínios. Boa leitura!

Índice:

síndica bruna cavalcante falando sobre o trabalho do síndico profissional
Síndica Bruna Cavalcante detalhou a rotina do trabalho dos síndicos profissionais.



O que é ser um síndico profissional?

Um síndico profissional é uma pessoa contratada e remunerada para atuar na administração de condomínios. 

Este profissional pode ser contratado para exercer a função com dedicação exclusiva ou parcial, dependendo do contrato. 

Em geral, o síndico profissional é contratado por possuir habilidades e conhecimentos específicos para a gestão de condomínios.

Desta forma, estes profissionais costumam garantir uma gestão mais organizada, transparente e eficiente dos condomínios.




O que é necessário para ser um síndico profissional?

Para ser um síndico profissional, é necessário reunir uma série de habilidades que envolvem deste conhecimento financeiro até a gestão de pessoas e conflitos.

Além de dedicação e habilidade de gestão, também é preciso ser organizado e eficiente, tendo em vista que alguns síndicos atendem vários condomínios.

As principais características de um síndico profissional incluem:

  1. Formação e Conhecimento: Possuir conhecimento técnico ou formação em áreas como administração, direito, contabilidade, ou cursos específicos de gestão condominial.

  1. Experiência: A experiência prévia na administração de condomínios ou em áreas relacionadas contribui para uma gestão mais eficiente.

  1. Imparcialidade: Por não ser morador do condomínio, o síndico profissional pode atuar de maneira mais imparcial, focando exclusivamente nos interesses do condomínio.

  1. Tempo Dedicado: Pode dedicar mais tempo e atenção à administração do condomínio, garantindo uma gestão mais eficaz e presente.

  1. Resolução de Conflitos: Capacitação para mediar e resolver conflitos entre moradores, aplicando técnicas de mediação e negociação.

  1. Gestão Financeira: Ter habilidades para gerenciar as finanças do condomínio, elaborar orçamentos, controlar despesas e buscar formas de otimizar os recursos.

  1. Cumprimento Legal: Conhecer e aplicar as legislações pertinentes ao condomínio, garantindo que todas as normas sejam seguidas.

Com as habilidades acima, o síndico poderá obter sucesso na função e se diferenciar dos seus concorrentes.

Leia também: Síndico precisa de rede social?



Qual o melhor curso para síndico profissional?

O melhor curso para síndicos profissionais do mercado é o Síndico Master, da plataforma CondoEduca.

O curso reúne alguns dos profissionais mais qualificados do mercado da gestão condominial, somando experiência prática e conhecimento teórico.

Um dos professores é o advogado Márcio Rachkorsky, especialista em direito condominial e comentarista da Rede Globo.

Acesse agora: Curso Síndico Master

Qual o valor de um curso para síndico profissional?

Um curso para síndico profissional pode custar entre R$199 e R$2.000 reais. 

Dentre os cursos mais populares no mercado, o melhor custo benefício é, também, do curso Síndico Master.

Atualmente, o curso pode ser adquirido pelo preço promocional de R$199. Clique no link abaixo para saber mais.

Acesse agora: Curso Síndico Master

É preciso de diploma para ser síndico?

Outra pergunta comum é: precisa de faculdade ou diploma para ser síndico? Não. Essa qualificação é opcional.

No entanto, ela pode diferenciar os profissionais no mercado de trabalho.

Quer saber mais? Assista o vídeo abaixo:




Qual a diferença de um síndico profissional para um síndico morador?

A principal diferença é que enquanto o síndico morador é eleito para exercer a função, o síndico profissional é contratado para isso.

Além disso, o síndico profissional é obrigatoriamente remunerado, enquanto o síndico morador não precisa ser pago para exercer a função.

Em alguns condomínios, o síndico morador pode receber isenção parcial ou total da taxa condominial como forma de compensação.

Por fim, outra diferença importante é que o síndico profissional não precisa ser morador do condomínio em questão.




Qual a vantagem de ter um síndico profissional?

Ter um síndico profissional no seu condomínio pode impactar positivamente tanto a gestão quanto a vida dos moradores.

Esse profissional traz um nível de profissionalismo e competência que pode não estar presente em síndicos moradores. Eles são treinados e têm experiência específica em administração de condomínios.

Além disso, síndicos profissionais podem dedicar mais tempo e atenção às necessidades do condomínio.




A atuação de uma síndica profissional

Para te mostrar um exemplo da diferença que faz um síndico profissional na gestão de um condomínio, separamos um caso real: o caso da Síndica Bruna Cavalcante.

A responsável pela Premium Gestão e Síndicos, de Belo Horizonte, foi a convidada do quinto episódio do podcast Fala Condomínio.

Com mais de dez anos de atuação na gestão condominial, a síndica Bruna Cavalcante contou como se tornou síndica “por acaso”.

Síndica por acaso

Bruna Cavalcante começou sua jornada como síndica moradora (orgânica) logo após se casar e comprar um imóvel. Na época, esse era o único patrimônio do casal. Certo dia, eles foram informados que a água do condomínio havia sido cortada e que não havia mais síndico. Alguém precisava assumir a posição.

Bruna sempre dizia ao seu esposo que a última coisa que fariam na vida seria se tornar síndica. Ela estava trabalhando no setor jurídico, completamente dedicada a essa área, sem nenhuma perspectiva de assumir a sindicância. 

Devido à situação, ela percebeu que precisava salvar seu patrimônio. Vender ou alugar o imóvel não era uma opção viável, pois seu valor estava cada dia mais depreciado.

Com a intenção de vender o imóvel, Bruna assumiu voluntariamente a posição de síndica. Em um ano, conseguiu colocar as contas em dia e passou a responsabilidade para outra pessoa. 

Um ano depois, o condomínio voltou a ter dívidas e já estava em uma situação ainda pior. Sem luz nas áreas externas, os moradores precisavam usar lanternas de celular para se locomover, o que tornava o ambiente perigoso.

Diante desse cenário, Bruna decidiu que realmente precisava vender o imóvel, mas o condomínio já estava com uma má reputação na região. Mesmo assim, ela assumiu a sindicância pela segunda vez e começou a gostar do papel. 

Na segunda gestão, conseguiu acabar com as dívidas e implementou melhorias significativas, como um sistema de segurança atualizado.

As pessoas da região notaram a transformação do condomínio. As avaliações no Google, que antes eram extremamente negativas, começaram a se tornar excelentes. O valor do imóvel subiu, e Bruna viu nisso uma oportunidade de negócio. 

Outros condomínios começaram a procurá-la, interessados em saber quem era a síndica responsável pela melhoria.

As avaliações iniciais mencionaram desorganização, falta de regras, barulho excessivo e desrespeito ao estacionamento. Com o tempo, essas avaliações se transformaram em elogios, refletindo a mudança significativa no condomínio.

No podcast, ela também contou sua história como síndica e trouxe relatos de situações do dia a dia dos síndicos profissionais. Assista:




A importância da profissionalização na gestão condominial

Naquela época, Bruna começou a perceber a importância da profissionalização da profissão de síndico. Com a experiência inicial, ela se deu conta de que não havia a devida valorização e reconhecimento da necessidade de formação e capacitação para síndicos

Ela conta que iniciou sua carreira sem nenhum conhecimento na área condominial, pois sua formação e experiência eram em um campo totalmente diferente.

Ao assumir a sindicância, ela buscou orientação com síndicos mais experientes para entender como funcionava a prestação de contas, obter indicações de prestadores de serviço e receber orientações sobre orçamentos e serviços básicos. 

Durante esse período, Bruna enfrentou situações desafiadoras, como a falta do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) no condomínio, um documento de renovação obrigatória a cada cinco anos. 

Ela só descobriu a existência e importância do AVCB quando chamou o corpo de bombeiros para remover uma caixa de marimbondos, e eles pediram o número do documento ao final do serviço.

Foi nesse momento que ela percebeu que, além de ter boa vontade, ela precisava saber o que estava fazendo. Para isso, ela reconheceu a necessidade de capacitação e estudo sobre o mercado, as manutenções e o funcionamento de um condomínio. 

Além de buscar conhecimento teórico, como cursos e formações, Bruna começou a entender o valor de compartilhar experiências com outros síndicos. 

Essa compreensão sobre a importância da capacitação e da troca de experiências é essencial para síndicos. Ela mostra a necessidade de se profissionalizar, garantindo uma gestão mais eficiente e segura para os condomínios.

Leia mais: Qual o melhor curso para síndicos?

A criação da Premium

A síndica começou a perceber seu envolvimento com a gestão condominial, reconhecendo também uma grande oportunidade de mercado. Com isso em mente, decidiu sair da empresa onde trabalhava, uma decisão que muitos, inclusive sua família, consideraram uma loucura. 

Eles não entendiam por que ela estava trocando uma carreira estável pelo mercado condominial e a sindicância.

Seu marido, inicialmente cético, começou a acreditar na ideia quando viu os primeiros sinais de sucesso. O nome da empresa começou a ganhar mais relevância, atraindo a atenção de vários condomínios que enfrentavam problemas.

Com o crescimento da demanda, Bruna e seu marido decidiram fundar a Premium Síndicos e Gestão. Eles perceberam que já tinham uma equipe competente e estavam prontos para absorver mais clientes.

Com a empresa já estabelecida, Bruna e sua equipe entenderam que a tecnologia seria crucial para o continuar tendo sucesso. Lucas, o marido de Bruna, começou a pesquisar aplicativos que pudessem ajudar na gestão condominial e encontrou a uCondo.

Com o uso do aplicativo, a Premium Síndicos e Gestão hoje atende 37 condomínios, consolidando a reputação no mercado e mostrando que a visão de Bruna estava correta desde o início.

“A gente oferece o aplicativo que gera todos os informativos para o cliente. A pessoa quer avaliar a prestação de contas no sábado à noite em casa e tudo bem. Ela abre o aplicativo e tá ali, na palma da mão”, contou Bruna.




Qual o valor de um síndico profissional?

Um síndico profissional pode ganhar, em média, entre R$1,5 mil e R$4 mil mensais.

Essa remuneração, no entanto, pode variar conforme o Estado, a cidade e o tamanho de cada condomínio.

Assista o vídeo abaixo e saiba mais:

Leia também: Qual o salário de um síndico?

Perguntas Frequentes (FAQ):

Síndico profissional pode ser MEI?

O síndico profissional não pode utilizar o MEI para o contrato, pois a profissão não está incluída na lista de ocupações permitidas. Além disso, o síndico é responsável pelo CNPJ do condomínio, o que pode gerar um conflito.

Síndico profissional: Quanto ganha?

No cargo de Síndico Profissional, o salário inicial é de R$ 2.498,00, podendo chegar a R$ 4.002,00. A média salarial para Síndico Profissional no Brasil é de R$ 3.000,00.

Postado em  

October 15, 2024

Conheça a uCondo, o sistema de gestão de condomínios

Administre um ou mais Condomínios de forma simples e rápida. A uCondo conecta bancos, síndicos, porteiros, condôminos e administradoras, em uma única plataforma 100% digital.