Para-raios é obrigatório em prédios e condomínios?
Um para-raios é um dispositivo de segurança projetado para proteger prédios e edifícios de todos os tipos, incluindo condomínios e conjuntos habitacionais. Ele protege as estruturas contra os efeitos danosos dos raios.
Quando um raio atinge uma estrutura predial, ele pode causar sérios danos, incluindo incêndios, explosões e danos elétricos.
Um para-raios eficaz pode ajudar a minimizar esses danos, redirecionando a carga elétrica do raio para o solo de forma segura.
Neste artigo, exploraremos os diferentes tipos de para-raios, como eles funcionam e qual a obrigatoriedade para cada tipo de prédio e condomínio.
Índice
- O que são para-raios?
- Como funciona o para-raios de um prédio?
- O que diz a norma sobre para-raios?
- Quando o para-raios é obrigatório?
- Qual o raio de proteção de um para-raio?
- Qual o valor de um para-raios?
- Quem fiscaliza para-raios em prédios?
- Quem realiza manutenção e vistoria de para-raios?
O que é um para-raios?
Um para-raios é um dispositivo de proteção contra raios, projetado para proteger edifícios e outras estruturas de danos causados por raios durante tempestades elétricas.
Ele consiste em uma haste de metal, geralmente feita de cobre ou alumínio, que é conectada a um cabo de descida, que por sua vez é conectado a uma rede de aterramento que conduz a corrente elétrica para o solo.
Quais são os tipos de para-raios?
Existem vários tipos de para-raios disponíveis com benefícios e desvantagens diferentes. A escolha do para-raios correto dependerá da aplicação específica e das condições do prédio ou condomínio.
Existem três tipos de para-raios mais utilizados:
- Para-raios Franklin: É o tipo mais comum de para-raios e consiste em um mastro de metal ligado a um cabo que se estende para a terra. O para-raios Franklin foi inventado por Benjamin Franklin em 1752 e é projetado para interceptar a descarga elétrica atmosférica antes que ela atinja as estruturas.
- Para-raios Gaiola de Faraday: Este tipo de para-raios é composto por uma estrutura de metal que envolve completamente o equipamento ou estrutura a ser protegido. O princípio básico da Gaiola de Faraday é que as cargas elétricas se acumulam na superfície externa da gaiola, criando um campo elétrico zero no interior da estrutura, protegendo assim o equipamento contra descargas elétricas.
- Para-raios de Óxido Metálico Zincado (MOZ): Também conhecido como para-raios sem centelhamento, é um tipo de para-raios que usa um material composto por óxido de zinco, que é altamente condutivo e tem uma resistência não linear. O MOZ é projetado para ter uma resposta rápida às sobretensões elétricas, dissipando a corrente elétrica para o solo sem gerar faíscas ou arcos elétricos.
Como funciona o para-raios de um prédio?
O nome do equipamento pode gerar confusão quanto à sua funcionalidade: muitas pessoas acreditam que os para-raios “repelem” as descargas elétricas, quando na verdade elas fazem o oposto.
Durante uma tempestade elétrica, a haste do para-raios atrai a descarga elétrica do raio, que é então conduzida pelo cabo de descida para a terra, evitando que a carga elétrica atinja a estrutura protegida.
Dessa forma, o para-raios ajuda a proteger a estrutura do condomínio e as pessoas que estão dentro dela de danos e riscos à saúde associados a uma descarga elétrica direta.
O que diz a norma sobre para-raios?
No Brasil, a instalação de para-raios em prédios é regulamentada pela norma técnica ABNT NBR 5419 - Proteção contra descargas atmosféricas, que estabelece as diretrizes para o projeto, instalação, inspeção e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA).
A Norma NBR 2419/2005 estabelece que o projeto e instalação do para-raios devem ser realizados por um profissional habilitado, que deve levar em consideração as características do local, as condições ambientais e os materiais utilizados na construção do prédio.
Atualizada em 2015, a norma também determina que os para-raios devem ser inspecionados e testados periodicamente, a fim de garantir sua eficácia.
O não cumprimento das normas estabelecidas pela ABNT pode acarretar em multas e sanções aos responsáveis pela instalação e manutenção do SPDA.
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Quando o para-raios é obrigatório?
Ainda conforme a norma, todos os edifícios com altura superior a 25 metros devem possuir um SPDA instalado, a fim de minimizar os danos causados por raios.
O para-raios é exigido em edificações públicas, autarquias, escolas, hospitais, condomínios e em qualquer estrutura cuja área seja igual ou superior a 1,2 mil metros quadrados.
Confira os locais que devem conter pelo menos um para-raios:
- Locais de grande afluência de público;
- Locais que prestam serviços públicos essenciais;
- Áreas com alta densidade de descargas atmosféricas;
- Estruturas isoladas, ou com altura superior a 25 m;
- Estruturas de valor histórico ou cultural
Qual o raio de proteção de um para-raio?
A proteção oferecida por um para-raio é limitada a uma área de cobertura em torno da sua haste.
A norma técnica brasileira NBR 5419 estabelece critérios para o dimensionamento de para-raios, levando em consideração o nível de proteção necessário e as características da edificação, tais como altura, formato e localização.
A área de cobertura de um para-raio é calculada levando em conta a altura da haste, o tipo de solo e as características da edificação.
Em geral, a área de proteção é de um raio com comprimento igual à altura da haste. Ou seja, se a haste do para-raio tem 10 metros de altura, a área de proteção seria de aproximadamente 10 metros de raio.
Qual o valor de um para-raios?
No Brasil, o preço médio de um para-raios é de R$ 7.870. Os mais baratos podem custar R$ 1.200, enquanto os mais caros custam até R$ 12.500.
Segundo sites especializados na instalação do equipamento, o preço inclui o material e o trabalho de instalação.
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Quem fiscaliza para-raios em prédios?
No Brasil, a fiscalização e a regulamentação de para-raios em prédios são de responsabilidade do Corpo de Bombeiros de cada estado, de acordo com as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Além disso, muitas Prefeituras fazem a fiscalização durante a entrega da carta de Habite-se (Carta de Habitação) aos prédios e edifícios, entregue no momento da licença para que o mesmo seja habitado.
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Quem realiza manutenção e vistoria de para-raios?
A vistoria e manutenção de um para-raios deve ser feita a cada seis meses e é de responsabilidade do síndico (nos condomínios), do proprietário do estabelecimento comercial ou do gestor predial (prédios e edifícios).
A manutenção de para-raios deve ser realizada por profissionais especializados e habilitados para esse tipo de atividade.
Em geral, esses profissionais são eletricistas ou engenheiros eletricistas que possuem conhecimento técnico e prático sobre a instalação, o funcionamento e a manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas.
A vistoria realizada por estes profissionais inclui medição ôhmica (resistência de aterramento), limpeza do cabeamento, condição das hastes e conferências dos captores.
Para síndicos, os aplicativos de gestão condominial podem ser uma importante ferramenta durante as manutenções.
No aplicativo uCondo, é possível agendar manutenções e emitir notificações para todos os moradores com antecedência. Quer saber mais? Cadastre-se abaixo e receba uma demonstração gratuita:
Saiba mais sobre a funcionalidade no vídeo abaixo:
Os condolovers também perguntam:
- Quanto custa um para-raios para prédio?
- Qual a finalidade do para-raios?
- Qual a área de cobertura de um para-raio?
- Como funciona para-raio residencial?
- Como os para-raios protegem os prédios?
- Como saber se o para-raio está funcionando?
- Como funciona um para-raio?
- Para-raios: qual é o preço?
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