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Lei Geral de Proteção de Dados: A LGPD nos condomínios

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor no Brasil em setembro de 2020 e tem impactado diversos setores, inclusive o de condomínios. 

Com o aumento da preocupação com a privacidade e segurança dos dados pessoais, síndicos e administradoras precisam se adaptar às novas normas para garantir a conformidade com a lei. 

Além disso, os sistemas de gestão condominial, que possuem acesso aos dados dos condomínios, também precisam estar adaptados à essa nova Lei.

No novo artigo do blog uCondo, vamos explorar como a LGPD afeta os condomínios e quais são as principais medidas a serem adotadas para garantir a proteção dos dados pessoais dos moradores.

Índice:

lgpd nos condomínios
Entenda como funciona e qual o impacto da LGPD nos condomínios.



O que é a LGPD?

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é uma legislação brasileira que regulamenta o tratamento de dados pessoais por empresas e organizações, aplicando-se tanto ao ambiente digital quanto ao físico.

Criada para proteger a privacidade e os direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros, a LGPD permite que as pessoas tenham mais controle sobre suas informações pessoais.

Dessa forma, a lei exige, por exemplo, que as empresas obtenham o consentimento explícito dos indivíduos antes de coletar ou usar dados.

Além disso, as organizações precisam ser transparentes sobre o uso dessas informações, o que inclui garantir o direito de acesso e a possibilidade de correção dos dados.

Caso ocorra alguma violação das regras, a LGPD prevê penalidades significativas, incentivando a conformidade e, assim, reforçando a segurança dos dados pessoais no Brasil.

Qual o objetivo da LGPD?

O principal objetivo da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é assegurar a privacidade e a proteção dos dados pessoais dos cidadãos.

A LGPD visa garantir que qualquer dado coletado seja tratado de forma segura e respeitosa, fortalecendo o controle das pessoas sobre suas próprias informações.

Com essa regulamentação, as empresas são obrigadas a seguir práticas que respeitem os direitos dos titulares de dados. Isso inclui obter consentimento explícito, informar sobre o uso dos dados e permitir acesso e correção, quando necessário.

Que dados devem ser protegidos na LGPD?

Na LGPD, diversos tipos de dados pessoais devem ser protegidos para garantir a privacidade dos cidadãos. Esses dados incluem informações que permitem identificar diretamente uma pessoa, como nome, CPF, RG e endereço.

Além disso, dados de contato, como telefone e e-mail, também estão sob a proteção da lei, pois seu uso indevido pode expor os titulares a riscos.

A LGPD ainda classifica dados pessoais sensíveis, que exigem proteção mais rigorosa, devido ao seu potencial de discriminação ou impacto na privacidade do indivíduo. Entre esses dados estão informações sobre origem racial ou étnica, religião, orientação sexual, posicionamento político, além de dados de saúde e biometria.

De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados, qualquer coleta ou uso desses dados exige o consentimento explícito do titular, além de medidas de segurança reforçadas para evitar o acesso ou uso indevido.

Leia também: Como melhorar a segurança do condomínio?



Como surgiu a LGPD?

De acordo com o Sebrae, a LGPD foi inspirada na GDPR (General Data Protection Regulation), que entrou em vigência em 2018 na União Europeia. A Lei em questão trouxe grandes impactos para empresas e consumidores.

Com essa mudança na Europa, outros países passaram a discutir o tema. Assim, se iniciou um processo de discussão e construção legislativa no Brasil.

O Marco Civil da Internet, aprovado em 2014, também foi um marco importante na regulamentação da proteção de dados pessoais no país. Isso porque o Marco estabeleceu alguns princípios relacionados à privacidade e à proteção de dados na internet.

A partir daí, foram realizadas diversas audiências públicas e consultas populares para discutir a criação de uma lei específica de proteção de dados pessoais no Brasil. 

Em 2018, foi sancionada a Lei nº 13.709/2018, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que ficou conhecida como LGPD.




Como a LGPD afeta os condomínios?

A LGPD afeta diretamente os condomínios ao exigir que eles adotem práticas rigorosas no tratamento de dados pessoais dos moradores, funcionários e visitantes.

Para cumprir essa legislação, os condomínios precisam ter cuidado ao coletar, armazenar e compartilhar informações, como nomes, números de documentos, endereços e dados de contato, garantindo que tudo seja feito com segurança e transparência.

Além disso, a LGPD demanda que os condomínios obtenham o consentimento explícito dos titulares dos dados para qualquer uso ou compartilhamento, o que inclui situações comuns, como o envio de comunicados e boletos por e-mail ou mensagens.

Outro ponto importante é a obrigatoriedade de permitir que os moradores tenham acesso e, se necessário, corrijam suas informações, assegurando que seus dados estejam sempre atualizados e corretos.

Conforme a LGPD, os condomínios também devem tomar medidas para prevenir o vazamento ou o uso indevido dessas informações, o que pode envolver, por exemplo, a contratação de empresas de gestão condominial que já adotem políticas de proteção de dados.

Quais problemas podem acontecer na prática?

Uma situação prática em que um sistema de gestão condominial não opera conforme a LGPD ocorre quando ele armazena dados pessoais dos moradores sem o devido consentimento ou segurança.

Por exemplo, imagine um sistema que coleta informações como nome, telefone e endereço dos residentes, mas não possui uma política de consentimento explícito para o uso dessas informações.

Nesse caso, o sistema pode estar violando a LGPD, pois os moradores não foram claramente informados sobre como seus dados serão utilizados.

Além disso, se esse sistema não adota medidas de segurança, como criptografia ou controle de acesso, há um maior risco de vazamento dessas informações.

Essa situação, embora citada de forma hipotética, é bastante comum. Em 2024, diversos clientes que chegaram à uCondo possuíam uma queixa em comum: o sistema utilizado anteriormente não oferecia segurança de dados.

Ao conhecer o sistema, muitos síndicos e administradoras optaram por abandonar o sistema antigo e contratar nossa solução em virtude da criptografia e da segurança oferecida pela uCondo.




Como funciona a multa da LGPD?

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) prevê diversas penalidades para as empresas que descumprirem suas disposições. 

Uma das penalidades é a aplicação de multas, que podem variar de acordo com a gravidade da infração cometida.

As multas previstas pela LGPD podem chegar a até 2% do faturamento da empresa, limitadas a um total de 50 milhões de reais por infração. 

Quais são as penalidades por não conformidade com a LGPD?

A LGPD prevê diferentes tipos de penalidades, mas nem todas envolvem multas financeiras.

Em situações em que há falta de cuidado, o órgão regulador pode emitir advertências e orientações para o ajuste dos processos e o cumprimento da lei.

Além disso, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), responsável por fiscalizar e aplicar as penalidades previstas pela LGPD, pode adotar outras medidas punitivas, como a suspensão ou proibição do tratamento de dados pessoais.




Como adequar condomínio à LGPD?


Os condomínios são responsáveis por lidar com uma grande quantidade de informações pessoais, desde dados de cadastro dos moradores até informações financeiras e registros de acesso.

Primeiramente, é fundamental mapear quais informações são coletadas e como são utilizadas, incluindo dados dos moradores, funcionários e fornecedores. Esse levantamento inicial ajuda a entender quais dados são necessários e permite eliminar informações que não possuem uma finalidade clara, minimizando riscos.

Além disso, o condomínio deve implementar uma política de consentimento, obtendo autorização explícita para o uso de dados pessoais, seja para envio de comunicados, cobranças ou outros serviços.

É importante também que os moradores sejam informados sobre como suas informações são tratadas, e tenham acesso para revisar ou corrigir seus dados, caso necessário.

Outra medida importante é garantir que todos os dados sejam armazenados com segurança. Para isso, o condomínio pode investir em soluções tecnológicas que incluam criptografia e controle de acesso restrito, protegendo as informações contra vazamentos e acessos não autorizados.

Assista o vídeo abaixo e saiba mais sobre o assunto:

Quem pode ter acesso aos documentos do condomínio?

No condomínio, o acesso aos documentos é restrito a algumas pessoas para garantir a segurança e a privacidade dos dados.

Primeiramente, o síndico, como responsável pela administração, tem direito a acessar documentos financeiros, administrativos e aqueles que contêm dados pessoais dos moradores, pois essa função é necessária para a gestão eficiente do condomínio.

Além disso, o conselho fiscal pode ter acesso a documentos financeiros e relatórios de contas, já que sua função é acompanhar e fiscalizar as finanças.

Em relação aos moradores, eles também têm direito a visualizar certos documentos do condomínio, especialmente aqueles que demonstram a transparência da administração, como balancetes, prestações de contas e atas de assembleias.

No entanto, o acesso a documentos que contenham informações pessoais ou sensíveis deve ser feito com cautela, respeitando os princípios da LGPD.

Leia também: 5 dicas para melhorar a segurança do condomínio



Como aplicar a LGPD nos condomínios?

Um exemplo de aplicação da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) em um condomínio seria o controle do acesso às áreas comuns do edifício, como piscina, academia e salão de festas. 

O condomínio deve garantir que os dados dos moradores, como nome, número de apartamento e horários de acesso, sejam protegidos e utilizados apenas para a finalidade específica de controle de acesso.

Isso pode ser feito por meio da implementação de medidas de segurança, iniciando pelo treinamento dos funcionários do condomínio sobre a importância da proteção de dados pessoais. 

Além disso, o condomínio deve manter um registro atualizado de autorizações e revogações de acesso, garantindo transparência e consentimento dos moradores em relação ao uso de seus dados pessoais.

Tudo isso é possível com o uso de um aplicativo de gestão condominial, como o uCondo, que está adequado a todos os parâmetros exigidos pela Lei Geral de Proteção de Dados, a conhecida LGPD.

Leonardo Mack, Co-founder & COO uCondo, fala sobre o assunto no vídeo abaixo:




Qual é a importância da LGPD?

A LGPD desempenha um papel crucial na proteção dos dados pessoais dos cidadãos, fortalecendo a privacidade e garantindo maior segurança para as informações. Com o avanço da tecnologia e o crescimento do uso de dados digitais, torna-se essencial assegurar que esses dados sejam tratados de forma ética e transparente.

Em primeiro lugar, ela permite que as pessoas tenham mais controle sobre suas próprias informações, o que reforça a confiança nas relações entre indivíduos e organizações.

Além disso, ao exigir práticas rigorosas de segurança e transparência, a LGPD ajuda a prevenir vazamentos de dados, protegendo os cidadãos de possíveis fraudes e invasões de privacidade.

Dessa forma, a LGPD não apenas atende a uma exigência legal, mas também se alinha com boas práticas de responsabilidade social, promovendo uma cultura de segurança aos direitos dos cidadãos.

O app uCondo, completamente adequado à LGPD, também possui diversas funcionalidades para melhorar a segurança do condomínio através do controle de acessos de pessoas e veículos, por exemplo.

Quer saber mais? Cadastre-se abaixo e tenha uma demonstração gratuita do sistema uCondo:

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Postado em  

November 6, 2024

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