Administradora é acusada de desviar R$90 mil em condomínio
Uma administradora está sendo acusada de desviar cerca de R$90 mil de condomínio localizado na cidade de Suzano, em São Paulo.
Os moradores demonstraram preocupação em relação à falta de transparência com os recursos, que deveriam ser utilizados para obras e melhorias no local.
De acordo com a denúncia, o valor que deveria ser utilizado para obras desapareceu sem qualquer prestação de contas por parte da administradora.
O condomínio, entregue aos moradores em abril de 2023 após sete anos de espera, já apresentava diversas deficiências. Além da inexistência de áreas recreativas, a falta de infraestrutura básica agrava ainda mais a situação dos mais de 300 residentes.
A tensão entre os moradores e a administradora aumentou quando, após um ano e meio de contribuição mensal para custear obras de esgoto, os moradores foram informados de que a Prefeitura assumiria os custos dessas melhorias.
Assim, o montante arrecadado, que inicialmente seria destinado a outras necessidades do residencial, simplesmente desapareceu.
Desde que o condomínio foi entregue em abril de 2023, após uma longa espera de sete anos, a situação só se agravou. Faltam lixeiras, bancos, brinquedos para as crianças, e até mesmo itens essenciais como mangueiras de incêndio.
Rodrigo Canolti, morador do local, relata que as mangueiras de incêndio foram furtadas, expondo ainda mais a precariedade do condomínio. Os moradores, que já enfrentavam desafios com a infraestrutura básica, agora lidam com o sumiço do dinheiro que deveria melhorar suas condições de vida.
A situação se complicou ainda mais quando a síndica, Tânia Almeida, decidiu abrir uma nova conta para o condomínio em maio de 2024, na tentativa de retomar o controle financeiro.
Contudo, após diversos prazos descumpridos para a devolução dos R$ 90 mil, a administradora simplesmente rescindiu o contrato e se retirou, sem cumprir a promessa de repasse dos valores para a nova administradora escolhida pelos moradores.
A comunicação com a administradora é praticamente inexistente, e todas as tentativas de contato têm sido frustradas. Segundo a defesa do condomínio, o escritório da administradora parecia abandonado, e o número de telefone não atendia.
Em nota, o advogado da administradora afirmou que a empresa se surpreendeu com as acusações de irregularidades e que ainda está dentro do prazo para concluir o fechamento das contas, conforme o aviso prévio que se encerraria em 10 de setembro de 2024.
No entanto, um documento assinado pela administradora solicita a rescisão do contrato a partir de 10 de julho de 2024, contradizendo a versão apresentada pela empresa.
Diante desse cenário caótico, os moradores decidiram levar o caso à Justiça. A polícia civil está investigando o caso como estelionato, e os moradores já registraram um boletim de ocorrência.
"Precisamos muito desse dinheiro para fazer as melhorias aqui dentro, porque o condomínio não tem nada. Estamos lutando por isso, para que nosso lar seja um lugar digno de se viver", desabafa um dos moradores.
Leia mais: Golpes em condomínios: quais são e como evitar?
A reportagem do Balanço Geral
O programa Balanço Geral, da Record, foi até o local e conversou com os moradores do condomínio.
Assista a reportagem abaixo:
A falta de transparência nos condomínios
O caso da administradora acusada de desviar o dinheiro dos moradores serve como um alerta sobre a importância de uma gestão condominial transparente e responsável.
A tecnologia pode ser uma aliada poderosa na administração de condomínios, proporcionando segurança, transparência e uma comunicação mais eficaz entre todos os envolvidos.
Em tempos onde a confiança é essencial, apostar em sistemas de gestão pode ser a chave para evitar que situações como essa voltem a acontecer.
A tecnologia proporciona maior controle e visibilidade sobre os recursos e as decisões tomadas, evitando situações como a citada acima.
Leia mais: Como fazer a gestão financeira do condomínio?
Qual a importância da transparência nos condomínios?
A transparência no condomínio é fundamental para garantir a confiança e a tranquilidade dos moradores, especialmente quando se trata da gestão financeira.
Infelizmente, casos de desvios de recursos e má administração não são raros, o que torna a clareza nas operações ainda mais essencial.
Mas como os condomínios podem evitar golpes e assegurar que os recursos estejam sendo utilizados de forma correta e eficiente? A resposta está na implementação de práticas modernas de gestão, aliadas ao uso de tecnologia.
A adoção de um sistema de gestão condominial como o uCondo pode ser um grande aliado nesse processo.
Com o uCondo, todas as informações financeiras do condomínio são armazenadas de forma segura e podem ser acessadas a qualquer momento, tanto pela administração quanto pelos moradores.
Isso permite uma gestão mais transparente e eficiente, já que todos têm a possibilidade de acompanhar em tempo real como os recursos estão sendo geridos.
Quem pode ter acesso às contas do condomínio?
Para garantir a transparência, tanto a administradora, quanto o síndico e os moradores devem ter acesso às contas do condomínio.
Cada um deles possui diferentes responsabilidades:
- Síndico: O síndico é o responsável legal pela administração do condomínio e, portanto, tem total acesso às contas. Ele é encarregado de gerenciar o orçamento, aprovar despesas e assegurar que todas as operações financeiras estejam em conformidade com as decisões tomadas em assembleia.
- Conselho Fiscal: Composto por moradores eleitos em assembleia, o conselho fiscal tem a função de fiscalizar as contas do condomínio. Eles revisam balancetes, notas fiscais, contratos e outras documentações financeiras para assegurar que tudo está sendo feito de forma correta e transparente. O conselho fiscal serve como uma segunda camada de proteção contra fraudes e má gestão.
- Moradores (Condôminos): Os condôminos têm o direito de acessar as contas do condomínio para verificar como o dinheiro está sendo administrado. Esse acesso é essencial para garantir a transparência e a confiança na administração. Normalmente, esse acesso é oferecido de forma periódica, como durante as assembleias, ou por meio de solicitações formais ao síndico ou ao conselho fiscal.
- Administradora de Condomínios: Caso o condomínio tenha contratado uma administradora externa, essa empresa também terá acesso às contas para gerenciar as finanças diárias, como a arrecadação de taxas condominiais, pagamento de fornecedores e outros serviços relacionados à administração financeira do condomínio.
Para garantir o acesso para todos os envolvidos, é preciso um sistema seguro e eficiente. Com o sistema uCondo, por exemplo, tanto gestores quanto moradores podem acompanhar todas as movimentações financeiras de cada uma das contas do condomínio.
Para isso, basta ter o app uCondo no seu celular. Assim, cada transferência feita pelo síndico ou pela administradora poderá ser acompanhada pelos moradores.
Isso se aplica tanto à conta corrente (principal) quanto ao fundo reserva e ao fundo de obras.
Confira o vídeo abaixo e saiba mais sobre o app:
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